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GREENWICH - ESQUILO


Caça aos esquilos

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Fernanda Nidecker | 2009-06-12, 12:04

Uma das minhas surpresas quando vim morar em Londres foi descobrir que os ingleses detestam esquilos.

Para tentar explicar melhor, diria que o mesmo sentimento de nojo e raiva que os brasileiros têm por ratos e baratas, os ingleses expressam pelos pequenos roedores.

Lembro que a primeira vez que vi um esquilo cinza achei lindo e fui logo querendo passar a mão.

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Para meu espanto, meu marido inglês me repreendeu e começou a "dar uma aula" sobre como os esquilos cinzas tinham sido importados no século 19 da América do Norte e exterminado os nativos de cor vermelha.

E que, além disso, eles se reproduzem como uma praga, vivem fuçando o lixo e espalham doenças que podem matar as árvores.

Eu nunca levei o papo do meu marido muito a sério até perceber que o discurso dele refletia um fenômeno na sociedade britânica.

Prova disso foi o envolvimento do príncipe Charles no assunto, ao virar patrono da recém-criada Red Squirrel Survival Trust (Fundação pela Sobrevivência dos Esquilos Vermelhos), que defende o extermínio de toda a população de esquilos cinzas.

E parece que o príncipe está praticando o que prega. Segundo alguns jornais daqui da Grã-Bretanha, qualquer esquilo que dê bobeira na sua casa de campo acaba morrendo.

A notícia provocou a indignação de grupos de defesas dos animais e levou os assessores de Charles a emitirem um comunicado dizendo que os roedores morrem "humanamente". O documento não revela que métodos são aplicados para dar fim à vida dos bichinhos, limitando-se a dizer que "não é por envenenamento".

Eu ainda continuo achando os esquilos uma graça. Não me incomoda em nada chegar ao meu prédio e ver vários deles subindo e descendo das árvores atrás de nozes e frutinhas. Lá perto de casa tem tanto esquilo, que a rua embaixo da minha, que também dá nome a um ponto de ônibus, se chama "The Squirrels" (Os Esquilos).

Nunca fizeram mal a ninguém. Às vezes eles até vêm pegar comida na mão. Se depender de mim (e de vários outros brasileiros que pensam como eu), os esquilos vão continuar por aí, soltos pelos parques e ruas, correndo de um lado para o outro.

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